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13 de jan. de 2011


HSBC Arena, 11/01/2011.

Primeira constatação meio óbvia sobre o show de Amy Winehouse: o talento transborda, a voz dela sobra no palco e só vendo ao vivo para atestar que suas composições confessionais não têm paralelo na música pop atual. O problema, como todos sabem, é que há tempos a cantora inglesa não consegue equilibrar todo seu sentimento e espontaneidade com um pouquinho de profissionalismo que uma apresentação ao vivo exige. Daí é quase inevitável que em algum momento a música fique em segundo plano e que o assunto dominante das resenhas e do público seja alguma traquinagem da artista.

O pior é quando o show ganha contornos masoquistas. No fundo, todos ali estavam ansiosos para ver algum mico da moça. Será que ela vai tropeçar nas próprias pernas e cair no chão? Vai lembrar das letras? Vai aparecer para cantar? Vai que é o último show dela? No mundo dominado pela mentalidade policamente correta, parece que pagar para ver as loucuras de Amy virou uma atração e tanto...

Sentimentos conflitantes à parte, ela segue em frente. Retoma a vida nos palcos em terras brasileiras e a tendência é que as performances melhorem daqui pra frente. O repertório, quase todo baseado no álbum Back to black e em algumas releituras, ajuda e muito. Mas, pelo que vi aqui no Rio, o caminho ainda é longo. O show não engrenou por conta da inconstância de Amy e também por causa do setlist curto demais.

De qualquer forma, o essencial estava lá para quem quisesse curtir e se emocionar: Rehab, You know I'm no good, Love is a losing game, Me and Mr.Jones, Valerie e por aí vai... Entre uma música e outra ela deixou claro: "Estou dando meu melhor hoje".

Gostaria de falar também de Janelle Monáe, responsável pelo show de abertura. Mas na hora eu estava preso no trânsito... #fail!

Crédito da foto: Rany Martins. Ela também escreve sobre o show.

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