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12 de out. de 2010

Público carioca não lotou a Praça da Apoteose para ver o Rush

O Rush é aquele tipo de banda que inexplicavelmente divide roqueiros. Alguns amam e outros torcem o nariz com convicção. Mas, seja lá qual for a opinião, todos concordam que o power trio canadense formado por Geddy Lee (baixo/voz/teclados), Alex Lifeson (guitarra) e Neil Peart (bateria) é um dos mais competentes da história do rock. O repertório complexo é um desafio para qualquer garoto que se aventure em aulas de guitarra, baixo ou bateria e, por isso mesmo, o show do Rush é como um verdadeiro aulão em que os professores mostram as respostas e soluções mágicas no palco.

Os fãs e "alunos" brasileiros tiveram duas chances de ver a banda no país através da turnê Time Machine. Eles tocaram no estádio do Morumbi, em São Paulo (08/10), e na Praça da Apoteose, aqui no Rio (10/10). A cereja do bolo no set list é a execução completa do clássico álbum Moving pictures, mas, ao longo das três horas de show, eles passeiam por mais de trinta anos de carreira mostrando que o vigor das composições nunca mudou.

Adentrei a passarela do samba pela nobre causa roqueira - a última vez foi no show do Kiss - e logo me deparei com uma boa surpresa: a banda e a organização do evento foram pontuais, assim como na apresentação de 2002 no Maracanã para a gravação do DVD Rush in Rio.

O compromisso com o relógio era um bom prenúncio, mas o show demorou para engrenar. A primeira parte deveria ser um "esquenta" para a sequência de Moving pictures, mas os chatos vídeos com direito a boas atuações do trio e a escolha de músicas com menos apelo acabaram esfriando o público. The spirit of radio, Freewill, Subdivisions Marathon foram as mais conhecidas dessa parte, que ainda teve espaço para a inédita BU2B.

A sorte é que ainda faltavam duas horas de show e o melhor estava por vir. 

A empolgação voltou quando a máquina do tempo que conduzia o roteiro da noite parou em 1981. Foi dado o sinal, todos os fãs sabiam que era a hora de Moving pictures! E lá se foram os petardos Tom Saywer, Red barchetta, YYZ, Limelight, The camera eye, Witch hunt e Vital signs na mesma ordem do álbum que consolidou a reputação do Rush. Daí pra frente, a banda jogou para a galera com todos os ases que tinha na manga e ainda tocou Caravan, a segunda novidade da apresentação. Neil Peart fez o tradicional solo arrasa-quarteirão para rivalizar com qualquer ritmista de escola de samba e as músicas 2112 Overture/The temples of Syrinx, Closer to the heart e La Villa Strangiato foram executadas quase em sequência. Working man, hard rock direto e reto do primeiro álbum do Rush, encerrou os trabalhos, como manda a cartilha de shows da banda.

Senti falta das músicas do Fly by night (1975), aquele álbum do corujão na capa, e de algumas do 2112 (1976). Mas reconheço que montar o set perfeito com uma discografia extensa e de excelente nível como a do Rush é uma missão duríssima!

Veja aqui o set list do show!
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