:::: MENU ::::

7 de nov. de 2011


Com vinte anos de estrada e um lugar já cativo no panteão do rock, o Pearl Jam tirou 2011 para celebrar a carreira. Sim, eles colhem os louros de quem já deu duro e merece o justo reconhecimento, mas, para quem viu a banda no show que levou 40 mil cariocas para a Praça da Apoteose neste domingo, dá para dizer que os integrantes não estão nem um pouco acomodados com o sucesso. Eles parecem um bando de garotos que completaram exatamente 20 anos de vida e estão doidos para mostrar serviço no palco.

E o que seria mostrar serviço nessa altura da carreira? Simples. Basta juntar a energia daqueles jovens remanescentes do Mother Love Bone, nome seminal da cena grunge, com a experiência de uma banda que já vendeu mais de 60 milhões de álbuns pelo mundo. O Pearl Jam é visceral, espontâneo, os músicos tocam com alegria nos rostos e fazem uma festa que não tem pressa para acabar. O show carioca começou com 35 minutos de atraso - algo incomum para o histórico do PJ - e terminou após quase incríveis três horas de música.

O show abriu com "Unthought know" e foi esquentando até explodir com as clássicas "Even flow" e "Daughter". Algumas oscilações no sistema de som foram notadas pelo público, mas lá pela sétima ou oitava música tudo foi normalizado. 

Com quase três horas de duração, seria natural que o repertório tivesse algumas "gordurinhas", como o excesso de músicas recentes menos conhecidas do público. Mas quem liga? A ideia ali era se esbaldar com uma banda sem frescuras, que se dá ao luxo de tocar absolutamente qualquer coisa de seu cardápio musical sem deixar a peteca cair. E no meio de "Immortality", "Corduroy", "Alive" e "Reaviewmirror", Eddie Vedder e cia ainda fizeram uma homenagem a Johnny Ramone tocando "Come back" e uma versão de "I believe in miracles", dos Ramones.

Aliás, há tempos o Pearl Jam brilha em suas releituras. "Keep on rockin' in a free world", de Neil Young, já é um clássico incorporado pela banda. Mas o que dizer de "Mother", do Pink Floyd? No quesito emoção, só ficou atrás da autoral e sempre catártica "Black".

Eddie Vedder bem que se esforçou para se comunicar com o público em português e ganhou a simpatia de todos. "Oi, galera! Eu lembro daqui muito bem. Nós estamos felizes por estarmos de volta". Essas foram as primeiras palavras do frontman na apresentação. 

O segundo bis teve o ponto máximo do show com os hits "Better man", "Black", "Alive" e "Rockin' in the free world" em sequência. Poderia terminar aí, certo? Não para o Pearl Jam. Eles ainda  tocaram "Indiference" e "Yellow ledbetter", só para provar que poderiam começar tudo de novo se quisessem.

Set list:
"Unthought Known"
"Last Exit"
"Blood"
"Corduroy"
"Given to Fly"
"Nothing Man"
"Faithfull"
"Even Flow"
"Daughter"
"Habit"
"Immortality"
"The Fixer"
"Got Some"
"Elderly Woman Behind the Counter in Small Town"
"Why Go"
"Rearviewmirror"

Bis:
"Just Breath"
"Come Back"
"I Believe in Miracles"
"State of Love & Trust"
"Ole"
"Do the Evolution"
"Jeremy"

Bis:
"Mother"
"Better Man"
"Black"
"Alive"
"Rockin' in the Free World"
"Indiference"
"Yellow Ledbetter"
Categories:

0 comentários: