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29 de jul. de 2010

Quer uma dica infalível de presentinho para um beatlemaníaco? Fique com o livro The Beatles: a história por trás de todas as canções (A hard day's write: the stories behind every Beatles' song), do jornalista musical inglês Steve Turner. O título é autoexplicativo. Todas as curiosidades, lendas e bastidores sobre as 208 músicas compostas pela banda estão aqui. O texto leve e o formato próximo ao pocket book são ideais para que a obra seja um companheiro feito sob medida para passeios e viagens curtas.

O melhor é que depois de mergulhar nessa leitura, algumas respostas para questões existenciais na vida de um fã ficam na ponta da língua. Lucy in the sky with diamonds tem a ver com LSD? You've got to hide your love away foi de fato a primeira música influenciada por Bob Dylan? E, afinal, como aconteceu a piração do serial killer Charles Manson com as músicas do Álbum Branco?

Entre os depoimentos, o melhor de todos é o de John elogiando a letra de The end, música escrita por Paul que encerra o Abbey Road e os trabalhos da banda: "quando Paul quer, ele é capaz de pensar". Era a implicância e admiração típica que marcou a relação dos compositores.

A inspiração para as canções também refresca nossas memórias para o aspecto que considero mais influente na obra dos Beatles: a capacidade de transformar absolutamente tudo em música e poesia. Um recorte de jornal, uma frase engraçada, uma fã enlouquecida, um desenho, um livro de filosofia, uma canção de ninar, um trauma de infância, tudo era matéria-prima para os caras. Eles não foram os primeiros a explorar esse talento conscientemente, mas os bons exemplos lançados numa época em que a música pop ainda buscava credibilidade junto à crítica foram fundamentais para pavimentar a estrada de todos os sucessores do gênero.

The Beatles: a história por trás de todas as canções é de 1994, com reedições em 1999 e 2005. Aqui no Brasil, só conheço a edição da Cosac Naify, lançada no ano passado. Quem curte o Fab Four vai se deliciar... Cultura beatlemaníaca nunca é demais!

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1 comentários:

Rany disse...

Muito bom o livro, PH. Fiquei com vontade de ler, e achei a sua cara! Vi recentemente um filme sobre o John Lennon na VH1 (daqueles bem furrequinhas mesmo, da década de 90, rs). Mas envolvia estas questões das origens de letras como Eleanor Rigby, Strawberry Fields, entre outras coisas. Interessante falar de lances pessoais dele, explica muito sobre seu trabalho e sua percepção de mundo. Definitivamente uma visão que não é a mais divulgada.

Reitero o convite para escrever mensalmente para o blog da Globo FM, hein! É só escolher a data!!

Bjs,