
Entre djs e músicos ligados ao universo eletrônico, no entanto, o mash up não é novidade. Ele parece uma variação mais descompromissada dos samplers e dos loops, recursos já vastamente explorados na música pop desde o fim da década de 1970.
Mas vamos a alguns exemplos recentes dessa brincadeira que anda fazendo sucesso... Que tal começar pelo mais radical de todos? O músico João Brasil, que há tempos vem se dedicando aos mash ups, decidiu juntar Get back, o clássico dos Beatles, com o funk mais que ordinário É o Pet, de MC Robinho. O resultado é Get Pet. Arte, gozação ou heresia? Ouçam e decidam!

Outra experiência bem legal lançada neste ano é a coletânea Je Deteste Serge Gainsbourg (baixe), em que oito djs fazem misérias com o repertório do polêmico compositor francês. Estão lá um rap inspirado em Je t'aime (moi non plus) e um impagável mash de Comic strip, duo de Serge e Brigitte Bardot, com Beat it, de Michael Jackson. O resultado pode parecer estranho, mas no fundo é perfeito. Ouça abaixo.
E já que falei de Michael, vamos seguir com a vídeo de uma versão "mais pesada" de Scream. Será que os caras do Metallica aprovaram isso?
O "duelo" entre Queen e Outkast registra milhões de acessos no Youtube, mas faltou o solo do Brian May.
O "duelo" entre Queen e Outkast registra milhões de acessos no Youtube, mas faltou o solo do Brian May.
E pra fechar essa divertida mistureba, aí vai um discão pra inspirar qualquer um que se aventure pelo mash up: Hand on the torch (baixe), álbum de estreia da banda de acid jazz US 3 lançado em 1993. A lenda diz que o dono da Blue Note liberou todo o arquivo da gravadora para que os integrantes usassem e abusassem de samplers. O resultado é um passeio sonoro conduzido com muito bom gosto por batidas eletrônicas, rap e a arte de gente como Art Blakey, Thelonious Monk, Horace Silver, Herbie Hancock e Grant Green.
4 comentários:
Ph, inacreditável!! rs
Mas vou te falar que alguns deles me despertaram simpatia, sim. Afinal, ouvi todos até o final!^^
Muito bom post, coisas super diferentes.
bjs
Cara, não escondo que tenho um certo preconceito ignorante em relação ao novo. Algumas vezes me peguei cuspindo marimbondos ao ouvir certos mash ups, principalmente quando envolvem clássicos, como já ouvi de The Clash, por exemplo. Mas ao ler este post, com um mash up de um dos maiores clássicos da música (Beatles) com um funk pancadão carioca tive que rever meus conceitos. Estou tendendo à versão de que se trata de uma nova arte. Como vc msm disse: desconstruir. Assim nasce uma arte: rompendo preconceitos, inovando.
Vale ficar de olho mesmo. E mais uma vez parabéns!!!
Adorei PH!
Eu particularmente sou meio avessa a essas "coisas novas" rs, mas confesso que, assim como a Rany, ouvi todas e tive muita simpatia por TODAS :)
Parabéns pelo texto e pelo tema.
Show!!
Phzinho! Que saudades! Maravilhosa a mensagem! beijos de quem te adora!
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